UM RIO, UM NOME
Na terra de meu pai corria um
rio
e não era ainda o do tempo
nem eu nadara no múltiplo leito de Heraclito,
era um rio de claros seixos,
onde a sombra e o riso
acolhiam o nosso corpo
ainda intacto
no incêndio da manhã.
.
Na terra do meu pai havia laranjas
e chão, havia sol e murmúrios
e nós ouvíamos a respiração da noite
por dentro das raízes das árvores
e o rio falava com as pedras
e com a luz
e nó corríamos
ou éramos levados pelo vento
que acendia a folhagem.
.
Na terra do meu pai não havia medo
só um rio e as águas limpas
onde as mulheres lavavam a roupa
e cantavam ao som da terra.
.
Na terra do meu pai corria um rio
e os homens tinham lugar
era um rio por coração
era um nome
para um homem.
e não era ainda o do tempo
nem eu nadara no múltiplo leito de Heraclito,
era um rio de claros seixos,
onde a sombra e o riso
acolhiam o nosso corpo
ainda intacto
no incêndio da manhã.
.
Na terra do meu pai havia laranjas
e chão, havia sol e murmúrios
e nós ouvíamos a respiração da noite
por dentro das raízes das árvores
e o rio falava com as pedras
e com a luz
e nó corríamos
ou éramos levados pelo vento
que acendia a folhagem.
.
Na terra do meu pai não havia medo
só um rio e as águas limpas
onde as mulheres lavavam a roupa
e cantavam ao som da terra.
.
Na terra do meu pai corria um rio
e os homens tinham lugar
era um rio por coração
era um nome
para um homem.
Sem comentários:
Enviar um comentário